sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Acreditar na juventude

Por:  Pe. Francisco Almeida



É muito evidente uma espécie de apatia da juventude atual frente às grandes questões sociais que, em tese, são determinantes para aquilo que se pode chamar de futuro. Na  pauta dos interesses  juvenis predominam as experiências imediatistas e superficiais que suscitam uma falsa impressão de felicidade. Juventude é isso: viver perigosamente, correr riscos, aventurar-se, desafiar todos os princípios do bom senso, subverter as regras, ultrapassar os limites. Não sem motivos, começamos a colher os frutos desse espírito do tempo. Jovens confusos, indecisos, agressivos, dispersos, prisioneiros das drogas lícitas e/ou ilícitas, afetivamente perturbados e inseguros, manipuláveis. A força da necessidade empurra-os para o mundo dos desafios da sobrevivência social, política, econômica e cultural. Quando isso acontece, o sujeito depara-se com o mais absoluto e devastador sentimento de incapacidade. A dinâmica de perdas e ganhos, própria da existência humana, torna-se insuportável ao sujeito que, frágil e desprovido, sucumbe. 


Faz-se urgente despertar na juventude o senso de protagonismo. É de cada jovem a principal responsabilidade pela construção do seu próprio sentido, do seu arranjo existencial. Construir sonhos, estabelecer metas, definir passos e objetivos significa ser estratégico, planejar o futuro, fazer o caminho. Mover-se na direção certa significa contornar empecilhos, superar obstá-los, ultrapassar barreiras. Tudo isso sem a seriedade dos adultos, mas com a leveza, gratuidade, espirituosidade,  descontração, o malabarismo delirante, a graça e a beleza da juventude. 


A juventude precisa se dar conta de que o futuro próximo é seu; qual um único trem que passa na estação uma única vez. É preciso tomá-lo, impreterivelmente. Para além dos desencontros, a principal característica da juventude é não desistir, não acovardar-se. A insolência dos dominadores subestima a capacidade de mobilização e criatividade da juventude, esta carece mostrar o seu potencial; para isso faz-se mister a boa preparação; uma formação sólida, capaz de identificar os mecanismos de manipulação e alienação, para que possa desmontar o império da passividade ideológica. Eu creio na juventude. Eu preciso crer.

Liturgia diária

São Francisco Xavier
EVANGELHO
Mateus 9, 27-31


Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?”
Eles responderam: “Sim, Senhor”. 
29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram.
Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 
31Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região. 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como podemos nos preparar para o Advento?

O Ano Litúrgico gira em torno das duas grandes festas do mistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. A fim de nos prepararmos bem para essas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma e nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.


Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que, há dois mil anos, nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judeia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Sagrada Escritura: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo" (Ap 3, 20).


No Advento temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do "Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos" e na semana que antecede a festa natalina a preparação próxima para celebrar o "Senhor que nasceu pobre no Oriente". Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o “Senhor que vem” em sua vida e renova a sua existência.


Celebrar o Natal é reconhecer que "Deus visitou o seu povo" (cf. Lc 7, 16). Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com nossas palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a "estar com Jesus", e então nossa vida em sociedade verá nascer o Sol da Justiça.


O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo, que mais uma vez quer nascer em nossa vida neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois "não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado" (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo. "Ele não tira nada, Ele dá tudo".


[FONTE: www.cancaonova.com]

Liturgia diária

1ª Semana do Advento
EVANGELHO
Mateus 7,21.24-27


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade  de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha.26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Liturgia diária

1ª Semana do Advento
EVANGELHO
Mateus 8, 5-11


Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Carfanaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!, e ele vai; e a outro: ‘Vem!, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!, e ele o faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.