quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Deus prefere a misericórdia

A Palavra meditada, hoje, está em Miquéias 7,8-20.

Meus irmãos, essa passagem é uma liturgia de esperança. Naquela época, Miquéias veio exercer seu papel de profeta para levar a Palavra diretamente a esse povo sem travas na língua. Ele falava, em alto e bom som, tudo o que tinha de dizer. 

Nesse tempo, o povo de Deus sofria com muitas injustiças devido às suas escolhas erradas e sua teimosia. Como passavam por muitas dificuldades, acreditavam em qualquer um que chegasse prometendo tudo e acabavam vivendo como essa pessoa queria; muitas vezes, idolatrando outros deuses pagãos. E nós sabemos que a idolatria é abominável para Deus.  

O povo seguia por esse caminho, mas Deus veio lhes falar: "O que fiz a vocês, meu povo, para me tratarem desse jeito?". É a lamentação do coração do Senhor.

Para quem caminha longe de Deus, surge uma liturgia de esperança para o povo, exercido em favor dele e também por parte dele. O profeta vem dizer: “Não cantes vitória, minha inimiga, porque quando caio, depois me levanto. Mesmo que eu venha morar nas trevas, o Senhor é minha luz”.  

Hoje, você, que nos acompanha deitado em uma cama, com muitos remédios ao lado por causa de uma profunda depressão, pode dizer à sua doença: “Não cantes vitória, minha inimiga”.  

A depressão é uma doença que, atualmente, atinge mais de 30% da população; e ela pode acontecer por vários motivos, sintomas físicos ou emocionais. No entanto, muitos médicos explicam que a depressão é agravada pelas situações diárias nas quais vivemos, exigindo de nós sempre o melhor.  

Essa competitividade que está na rua, em nossa casa e até na Igreja exige tanto de nós, que chega uma hora que nós não a aguentamos mais. Desanimamos, porque já não somos capazes. Vemos que é exigido sempre o melhor das pessoas, que os pequenos detalhes já não são mais valorizados. Não importa o que a pessoa é, mas sim o que ela pode produzir.  

Você, que está com depressão, desanimado e triste, proclame: “O Senhor é a minha luz. Eu não vou mais permanecer na tristeza, porque Jesus me visita com a Sua luz. Não cante vitória, minha inimiga, porque eu vou me levantar.”  

Hoje, é dia de reconstruir seus muros. A Palavra vem lhe dizer: “Deus vai além”. Se, por qualquer situação, sua vida está desmoronando, chegou o momento de se levantar.  

Esse desmoronamento não será a última palavra da sua vida. Vá além! Em nome de Jesus, levante desse leito de dor, há uma vida para ser vivida. O Senhor vem dizer a você: “Olhe para sua vida, as lágrimas acabaram. Continue caminhando, agora é tempo de prosseguir.”  

E como é bom ver as maravilhas que Deus sempre faz por nós. No contexto de muita dor, o profeta recorre a Deus: “Haverá algum Deus igual a ti, que tira o pecado, que passa por cima da culpa do resto de sua herança, não guarda sua ira para sempre e prefere a misericórdia?”.  

Mesmo diante das escolhas erradas, Deus prefere a misericórdia. Ele a coloca à Sua frente para ir ao seu encontro. O profeta, fazendo essa experiência, termina dizendo: “Ele vai nos perdoar de novo! Vai calcar aos pés as nossas faltas e para o fundo do mar jogará todos os nossos pecados.”  

Miquéias faz a experiência da misericórdia e, depois de ser atingido por ela, levou a liturgia de esperança para o povo.

Você, que hoje sofre, faça a experiência da misericórdia de Deus, aproxime-se do Senhor.  

Talvez, você esteja sofrendo, porque falta perdão na sua vida. Assim como Deus, que possamos preferir a misericórdia nesta manhã. Deixe o Espírito Santo tocar seu coração e prepará-lo. Faça a experiência de viver a misericórdia do Senhor. Que seu coração se abra para o perdão.  

[Alexandre Oliveira]

segunda-feira, 30 de julho de 2012

As faces da fidelidade conjugal

O verdadeiro amor é construído dia a dia.

Havia um senhor que, todas as manhãs, ia tomar café com sua esposa, a qual se encontrava internada em um asilo. Certa manhã, este senhor estava esperando o ônibus. Quando olhou para o lado, viu um amigo seu que se aproximava. Cumprimentaram-se e o senhor convidou seu amigo para sentar-se ao seu lado. Contou ao amigo sobre sua jornada matinal de todos os dias. Ouvindo-o atentamente, este amigo lhe perguntou:

"Por que, todas as manhãs, você vai tomar café com sua esposa, se ela não se lembra mais quem é você? Ela tem Alzheimer!" Nisto, aquele senhor virou-se e, olhando profundamente nos olhos de seu amigo, disse-lhe:"Ela pode não se lembrar de quem eu sou, mas eu me lembro de quem ela é e do compromisso que nós assumimos perante Deus!"

Em uma sociedade com tantas propostas de felicidade, esta pequena história nos ensina o valor da fidelidade nas relações conjugais, em todos os momentos da vida: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias, manhãs, tardes e noites da vida a dois. A fidelidade entre o casal começa no período de namoro, momento propício do conhecimento, tempo de construir uma relação madura e humana. Estação de semeadura das flores que, um dia, irão florir nos canteiros de uma vida conjugal sacramentada pela bênção de Deus.

A fidelidade no casamento é fruto da fidelidade no namoro. A busca pelo que é essencial no casamento deve sempre ser maior do que é periférico. Muitos relacionamentos conjugais se estacionam em sentimentos periféricos, os quais não trazem nenhum benefício para quem busca construir uma vida de amor partilhado. O amor, que um dia os uniu, acaba sendo deixado de lado por desentendimentos não resolvidos, pela falta de diálogo e compreensão de ambas as partes.  

Fidelidade nas alegrias da vida, mas também nos momentos de tristeza. Fidelidade na saúde e também na doença. O verdadeiro amor é construído dia a dia na vida do casal. A cada nova manhã, marido e mulher são sempre convidados a renovar a fidelidade um ao outro e a redescobrirem o motivo que, um dia, os levou ao altar: o amor que os uniu por toda a vida.

Uma verdadeira experiência da fidelidade conjugal passa pelo processo da gratuidade do amor. Marido e mulher, que cobram amor um do outro, estão negociando seus sentimentos. A própria palavra “cobrança” revela, em si mesma, seu significado: só cobramos algo de alguém quando há uma dívida pendente. O amor conjugal não é negócio, mas pura gratuidade, doação e entrega. Quando as cobranças começam, o relacionamento entra num processo de contabilidade, no qual o saldo final sempre será negativo.

A cada novo dia, a cada nova manhã, o amor e a fidelidade devem ser renovados. Novas esperanças devem ser semeadas no jardim da vida a dois. Esposo e esposa devem cultivar, em conjunto, no canteiro da alma, o amor que os uniu um dia. Descobrir que o outro não é tão perfeito como se imaginava, é um exercício de paciência que só poderá ser vencido com as flores da paciência, do diálogo e do perdão. 

No casamento, a fidelidade nasce da simplicidade da partilha a dois. Cada casal é sempre convidado a descobrir, na simplicidade da vida a dois, o espetacular da vida matrimonial. 

[Padre Flávio Sobreiro]

Veja como foi a Pré-Jornada Rio 2012

Chegamos ao último dia da Pré-Jornada Mundial da Juventude e ficou no coração dos jovens que participaram do evento entre os dias 27 a 29 de julho, no Maracanãzinho (RJ), o desejo de anunciar Jesus com um novo ardor em preparação a JMJ Rio 2013. 
 
O evento teve presenças marcantes, como do núncio apostólico do Brasil, Dom Giovanni d'Aniello; arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Cardel Dom Raymundo Damasceno; arcebispo do Rio de Janeiro e Presidente do COL, Dom Orani João Tempesta; bispo auxiliar de Campo Grande e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Dom Eduardo Pinheiro, padre Antônio Maria, padre Jorjão, padre Reginaldo Manzotti, padre Omar Raposo, padre Roger Luis, entre outros. 
 
Durante os três dias de evento, ocorreram momentos de Adoração ao Santíssimo, Santa Missa, pregações e animação com diversos ministérios de música.
 
 

domingo, 29 de julho de 2012

Por todo lugar, Deus deixa seus sinais

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe da grande caravana chamou-o a sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais Dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
 
O servo humilde explicou-se:
 
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela?
- Pela marca do ouvires.
 
O empregado sorriu e acrescentou:
 
- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastros, - respondeu o chefe, surpreendido.
 
Então, o velho convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:
 
- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser de homens!
 
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais em todos os lugares...
Na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva... Ele deixa sinais quando alguém se lembra de você, quando alguém te considera importante.

BOM DOMINGO A TODOS!!

[Felipe Aquino]