Orgulhosamente Teixeirense
Longe do Teixeira
"Você sabe de onde eu sou?
Da terra que Deus plantou
No cume da Borborema
Onde o Cruzeiro Bendito
Apontando o infinito
É o santo diadema
Sou desse vale sereno,
De clima suave e ameno,
Onde venturas sonhei!
Aonde um batalhador,
De Deus ao santo favor
Nos ergueu um Cristo-Rei.
Sabe aonde é minha terra?
No vale "daquela serra
Que inda azula no horizonte".
Aonde, no lar mais rude,
"Brilha chorando a virtude"
Como as estrelas na fonte.
É lá no Riacho Verde,
Aonde a vista se perde
Em deslumbrante miragem;
Onde a voz do bardo chora
E ainda hoje se adora
De Jesus a Santa Imagem.
Você sabe aonde eu moro?
Lá no torrão por quem choro
E que não posso esquecer;
Lá onde os montes se alteiam,
Aonde as aves gorjeiam
Com mais encanto e prazer;
Moro perto do Tendó,
Aonde grita o mocó
Aos tiros do caçador;
Aonde o viajor se prende
À paisagem que se estende
Inspirando um sonhador
Você sabe quem sou eu?
Sou um vate que nasceu
Com as musas do Sertão;
Um pobre a sofrer aflito,
Mas que lhe pulsa no peito
Um imenso coração.
Sou, talvez, um beduíno
Que as fúrias do destino
Jogaram ao mar da vida,
Mas que conduz na memória
A esperança da glória
De sua terra querida.
Você sabe onde eu nasci?
No bosque onde a juriti
Tem a plumagem mais bela;
Onde o campo é um paraíso
E se divisa um sorriso
No brilho de cada estrela.
Nasci na terra onde o Jabre
Seus imensos braços abre
Qual segundo Adamastor;
Nasci nas várzeas formosas,
Onde"os jardins tem mais rosas
E as rosas mais odor".
Sabe o meu dessa terra
Que tanta beleza encerra
No seu constante marchar?
É a terra dos rochedos,
Sobre cujos arvoredos
O mocho pia ao luar;
Ande a brisa serena
Beija os pés de Madalena,
Ali Santa Padroeira;
É a terra dos cantores
Dos poetas glosadores
Venho e lendário TEIXEIRA".
[Teodoro Nunues da Costa]
Longe do Teixeira
"Você sabe de onde eu sou?
Da terra que Deus plantou
No cume da Borborema
Onde o Cruzeiro Bendito
Apontando o infinito
É o santo diadema
Sou desse vale sereno,
De clima suave e ameno,
Onde venturas sonhei!
Aonde um batalhador,
De Deus ao santo favor
Nos ergueu um Cristo-Rei.
Sabe aonde é minha terra?
No vale "daquela serra
Que inda azula no horizonte".
Aonde, no lar mais rude,
"Brilha chorando a virtude"
Como as estrelas na fonte.
É lá no Riacho Verde,
Aonde a vista se perde
Em deslumbrante miragem;
Onde a voz do bardo chora
E ainda hoje se adora
De Jesus a Santa Imagem.
Você sabe aonde eu moro?
Lá no torrão por quem choro
E que não posso esquecer;
Lá onde os montes se alteiam,
Aonde as aves gorjeiam
Com mais encanto e prazer;
Moro perto do Tendó,
Aonde grita o mocó
Aos tiros do caçador;
Aonde o viajor se prende
À paisagem que se estende
Inspirando um sonhador
Você sabe quem sou eu?
Sou um vate que nasceu
Com as musas do Sertão;
Um pobre a sofrer aflito,
Mas que lhe pulsa no peito
Um imenso coração.
Sou, talvez, um beduíno
Que as fúrias do destino
Jogaram ao mar da vida,
Mas que conduz na memória
A esperança da glória
De sua terra querida.
Você sabe onde eu nasci?
No bosque onde a juriti
Tem a plumagem mais bela;
Onde o campo é um paraíso
E se divisa um sorriso
No brilho de cada estrela.
Nasci na terra onde o Jabre
Seus imensos braços abre
Qual segundo Adamastor;
Nasci nas várzeas formosas,
Onde"os jardins tem mais rosas
E as rosas mais odor".
Sabe o meu dessa terra
Que tanta beleza encerra
No seu constante marchar?
É a terra dos rochedos,
Sobre cujos arvoredos
O mocho pia ao luar;
Ande a brisa serena
Beija os pés de Madalena,
Ali Santa Padroeira;
É a terra dos cantores
Dos poetas glosadores
Venho e lendário TEIXEIRA".
[Teodoro Nunues da Costa]
