quinta-feira, 26 de julho de 2012

Precisamos ensinar o Evangelho com palavras e atitudes

O texto meditado é o Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum, Marcos 6,1-6. 

Jesus estava voltando para Nazaré, cidade de origem, onde havia sido criado. No dia de sábado, foi à sinagoga, como todo judeu observante, e, ali, começou a ensinar. As pessoas ficavam admiradas com o que Ele dizia e fazia. Porém, elas mesmas ficaram presas no julgamento da pessoa de Jesus como um "simples homem", filho do carpinteiro e morador daquela cidadezinha. Esvaziaram, com seus julgamentos, toda a realidade divina que existe em Jesus, viram o homem histórico, mas não acolheram o Cristo da fé. 

Os moradores de Nazaré que se “admiravam dos ensinamentos” e feitos de Cristo, também ficaram “chocados” ao perceber que Ele era, segundo o errado julgamento deles, uma pessoa comum. O próprio Jesus resume o acontecido: “Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa”.

Agora é a vez de o próprio Jesus ficar admirado, porém o motivo é triste: a incredulidade daquelas pessoas, impedindo que muitos outros milagres não ocorressem ali. A não acolhida deles não desmotivou ou paralisou a missão de Jesus, mas Ele a continuou para além dos julgamentos e resistências.

Também eu e você, que por algum motivo não fomos, na nossa fé, acolhidos e respeitados entre os nossos, não podemos desanimar da vida cristã. O reconhecimento dos outros não pode ser o combustível que nos faz perseverar na vivência da nossa fé, mas sim o modelo de Cristo, que cumpriu a Sua missão, impulsionado sempre pela vontade do Pai.

Essa Palavra está sendo um incentivo para a sua perseverança. Veja que também Jesus enfrentou obstáculos e julgamentos, porém isso não o deteve ou o desviou do caminho. Eu e você precisamos nos espelhar nesse Cristo e assumir, nos dias de hoje, a missão de continuar ensinando o Seu Evangelho com palavras e atitudes, oportuna e inoportunamente. 

Dê a sua resposta a Deus de forma muito concreta. Reze por aqueles que, ainda hoje, vivem na incredulidade e recobre, pessoalmente, a força em Jesus para perseverar em meio a este mundo, no testemunho vivo da nossa fé.

Deus o abençoe!

Padre Fabrício Andrad